30.3.07

A anta e o fotógrafo


Essa é a primeira anta a nascer no zoológico de Edimburgo, na Escócia. Na foto registrada pelo fotógrafo Andrew Milligan da Agência Associated Press, a "Antinha" brinca com a mãe. E o fotógrafo "brinca de ser feliz e rico", com uma das melhores fotos registradas na semana. E isso que hoje é sexta.

García Márquez a milhão com a Hilary Clinton

Já que a grande evidência da semana aqui neste humilde blog é o Senhor de todos os tempos Gabriel García Márquez, vamos à máxima:
Ontem a Folha de São Paulo, edição online, publicou uma nota dizendo que o García Márquez apareceu usando um bótom dos Democratas americanos. Isso aconteceu no 4º Congresso de Língua Espanhola, realizado de segunda-feira até hoje, sexta-feira, em Cartagena, na Colômbia.

Neste evento o escritor foi homenageado. E quem apareceu por lá foi Hilary Clinton, senadora nos Estados Unidos, que é pré-candidata democrata ao cargo de presidente da nação mais influente das últimas décadas.
A Sra. Clinton é mulher do ex-presidente, mulherengo e hoje palestrante Bill Clinton. E na foto divulgada é exatamente o Sr. Clinton que aparece tietando García Márquez. Segundo a Folha, Clinton teria dito que chamava a atenção dos professores na faculdade porque vivia às andanças com um tal livro chamado "Cem anos de Solidão".

“Tudo é questão de despertar a sua alma”

Quando eu era adolescente, ouvia muitíssimos comentários de um certo livro cujo nome se intitulava “Cem anos de solidão”, escrito por um colombiano, jornalista e escritor, chamado Gabriel García Márquez.

Enquanto esperava a reserva do livro na biblioteca, todas as noites eu imaginava a história deste livro. “Cem anos de solidão”! Deitada na cama, na época um beliche, olhando para o teto, eu balbuciava o nome do livro e divagava horas sobre o título e a história que teria dentro dele. Cem anos de solidão para um homem sozinho e sofredor? Uma família envolvida em conflitos do coração? Cem anos de solidão para alguém bom ou mal?

Quando finalmente peguei o livro na biblioteca da universidade, vim ligeiro para casa. Lembro bem da capa do livro. Havia uma ilustração grande e colorida que me fez vir encarando-a até em casa, sem conseguir abrir a primeira página. Ao entrar dentro de casa, corri para a cama e, somente então, abri a primeira página e ali estava, na abertura do texto:

“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo”.

Fiz uma pausa e naquela fração de segundos pensei acerca do poder limitador da minha adolescência. Esse livro seria, sem dúvida, muito maior do que simplesmente qualquer idéia minha de cem anos de solidão para um homem sozinho e sofredor ou qualquer outra blasfêmia adolescente. “Conhecer o gelo”! Que fantástico! Tomei fôlego de novo e, naquela altura, eu já sabia que aquele livro me transformaria em outra pessoa. As próximas linhas do texto me puxaram para uma história fantástica que ninguém, jamais, havia me contado:

“Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo. Todos os anos, pelo mês de março, uma família de ciganos esfarrapados plantava a sua tenda perto da aldeia e, com um grande alvoroço de apitos e tambores, dava a conhecer os novos inventos. Primeiro trouxeram o ímã. Um cigano corpulento, de barba rude e mãos de pardal, que se apresentou com o nome de Melquíades, fez uma truculenta demonstração pública daquilo que ele mesmo chamava de a oitava maravilha dos sábios alquimistas da Macedônia. Foi de casa em casa arrastando dois lingotes metálicos, e todo o mundo se espantou ao ver que os caldeirões, os tachos, as tenazes e os fogareiros caíam do lugar, e as madeiras estalavam com o desespero dos pregos e dos parafusos tentando se desencravar, e até os objetos perdidos há muito tempo apareciam onde mais tinham sido procurados, e se arrastavam em debandada turbulenta atrás dos ferros mágicos de Melquíades. ‘As coisas têm vida própria’ apregoava o cigano com áspero sotaque, ‘tudo é questão de despertar a sua alma’”.

“Cem anos de solidão” fez-me viajar, conhecer Macondo e toda a geração dos Buendía. E, desde então, Gabriel García Márquez tornou-se um dos meus principais escritores; porque ele me fez entender que o bom escritor é aquele que não só seduz o leitor, mas que, além de atrair, também encanta, assusta e distorce a realidade do nosso mundinho pessoal.

E isso o “Gabo” sabe fazer. Em “Cem anos de solidão”, por exemplo, o autor escreveu um romance épico, alicerçado numa técnica de narrativa criada no gênero romanesco da Idade Média e, mais tarde, ampliada no início dos anos 60. Essa técnica, que se chama “realismo fantástico”, prima por escrever uma história entre o real e o incomum, transformando, no texto, a ficção e a ilusão em realidade ficcional. O “realismo fantástico”, utilizado pelo escritor colombiano e por outros escritores como Jorge Luis Borges, Júlio Cortazar e, inclusive, Franz Kafka (García Márquez começou a escrever depois que leu A Metamorfose), enfatiza a verossimilhança, que se consolida em entreter o leitor na “fantasia” e, ao mesmo tempo, deixar que ele (o leitor) fique naquela dúvida cruel do fato ser verdade ou mentira, possível ou impossível, realidade ou irrealidade, promovendo uma interação entre autor e leitor. E estas oscilações transformam o texto em ambigüidade, o que é mais um dos elementos do realismo fantástico.

Gabriel García Márquez tem uma vasta obra. Destacam-se, entre muitas outras, “Crônica de uma morte anunciada”, “O amor nos tempos do cólera”, “Ninguém escreve ao coronel” e “Viver para contar”. Recentemente, foi lançada pela Record uma coleção de livros com as crônicas, reportagens e textos de Márquez, todos escritos durante o tempo em que trabalhou nos periódicos da América.

Agora, nos oitenta anos do autor, completados há alguns dias, foi anunciado pelo governo da Colômbia que a casa onde “Gabo” nasceu será restaurada e transformada em museu. A “Casa Museu de Aracataca” vai recriar a infância do escritor vivida neste local, onde sua avó lhe contava uma infinidade de histórias. O evento acontece em razão dos 80 anos de vida e, também, pelos 40 anos do lançamento da primeira edição de seu livro mais importante, “Cem anos de Solidão”.

As festividades de aniversário do autor em todo o mundo e a criação do museu são resultado da solidificação literária e, também, jornalística dos livros do de “Gabo”. O autor, que venceu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982, é importantíssimo porque resgata técnicas narrativas, traz a criatividade e as lembranças de quem foi e é leitor e contador de histórias desde a infância e, principalmente, porque García Márquez concebeu toda a sua obra norteada nas temáticas sociais de seu povo. Falando da realidade de onde viveu, ou escrevendo sobre o que recorda, Márquez soube contrabalançar elementos como tradição e, ao mesmo tempo, modernidade. Foi ele quem popularizou as histórias dos países em desenvolvimento da América Latina para o mundo.

“Jornalista literário” é a definição para o nome de Gabriel García Márquez. E toda a sua obra pode ser assimilada por uma única frase escrita no primeiro volume de seu livro de memórias, “Viver para Contar”: “A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”.


* A ilustração acima foi feita por Vasco.

* * Artigo originalmente publicado no jornal Diário da Manhã de Passo Fundo.

25.3.07

Quer ver videozinhos finíssimos?


Se a sua resposta para a pergunta acima foi "sim", então acesse o site da produtora de Passo Fundo Beterraba Filmes. O endereço é esse aqui ó: www.beterrabafilmes.blogspot.com

6.3.07

Entrevista com Edgar Vasques: A melhor linguagem para a maior manifestação

Edgar Vasques, cartunista, desenhista, jornalista e arquiteto, faz parte de um dos grupos mais seletos do Brasil: o dos criadores. Entre muitíssimos trabalhos, esse gaúcho tem nas costas a criação do melhor anti-herói do Rio Grande do Sul, o Rango. Com esse personagem, Vasques faz uma crítica à fome e à pobreza. Além do Rango, Vasques faz ilustrações, entre elas a do fabuloso livro Cuca Fundida, do mestre Wood Allen e, também, do livro de Eduardo Bueno que fala a respeito do descobrimento do Brasil. Quer mais? Edgar Vasques já trabalhou nos principais veículos de comunicação da terrinha. Entre eles a Playboy (onde fazia tiras sobre o Analista de Bagé, ao lado do meu herói Luis Fernando Verissimo) e o revolucionário Pasquim (com o passo-fundense Tarso de Castro ensandecido criando polêmica ao lado dos outros também polêmicos Ziraldo, Jaguar e Cia. Ltda).


Agora, VOCÊ que é leitor inteligente dos armênios, e provavelmente fã do Edgar Vasques, senta que tenho uma pra Contar. O Edgar tá com uma super promoção! VOCÊ, camarada, pode adquirir um pacote com os livros dele (com verdadeiras relíquias pra colecionadores) por preços irrisórios. E de quebra ganhar um autógrafo em cada livro! É isso mesmo! VOCÊ pode TELEFONAR para o Vasques e bater um papinho para pedir os livros. Mas se você ficar com vergonha (como eu), pode mandar um e-mail pro cara. VOCÊ pede os livros e recebe em sua linda e confortável casa.

Bem, o pacote pra venda dos livros do Vasques está logo abaixo da entrevista aqui nos Armênios. E, se VOCÊ é um fã ardoroso do Edgar como eu, leia a entrevista abaixo, concedida com exclusividade para o site mais alternativo e finíssimo do norte do Rio Grande do Sul. Uhuuuuuuuu! Dá-lhe Edgar Vasques!

Pergunta - Quando você se envolveu com Histórias em Quadrinhos (HQ)? O que você lia na época que o influenciou?

Resposta - Comecei a ler HQ na infância (aprendi a ler com 6 anos), e curtia o Pato Donald, mas só quando os desenhos eram de Carl Barks ( não tinha assinatura, mas eu já tinha "olho clínico"). Lia também a revista "Cacique", da Secretaria Estadual da Educação, e ali me amarrei nos desenhos de Renato Canini, com seus personagens Corta-corta e Ligeirinho (duas formigas), o indiozinho Cacique, o gauchinho Ponche Verde e o neguinho Tibica. Queria (ainda quero) desenhar que nem eles. Depois, já na adolescência, descobri os maravilhosos quadrinhos ("Dr. Macarra") e secções ilustradas (na revista "O Cruzeiro") de Carlos Estevão (minha maior influência gráfica) e o grande "Pererê", do Ziraldo. A partir daí, o processo nunca cessou: tudo o que eu vejo e gosto, de alguma forma, me influencia.

P - Por que a escolha de temas impactantes em seus quadrinhos, como a pobreza e, de certo modo, a política?

R - Porque estes temas, a partir de um determinado momento, me impactaram. Assim, foi o impacto da fome e da miséria que me levaram a abordá-los. Impressionado, usei a linguagem que melhor dominava para me manifestar, e dividir com os outros o que me impressionou.

P - O que você levou em conta para criar o Rango?

R - Minha experiência de conviver com a miséria no centro de Porto Alegre, uma área residencial que sofreu um processo de decadência (que coincidiu com o começo da minha adolescência). Passaram a coexistir ali a classe média e diversas gradações de pobreza, que eu acabei registrando no Rango. E o descompasso entre essa situação, e o discurso ufanista da ditadura, que censurava qualquer menção aos problemas, que eram visíveis, óbvios (também influenciaram a criação do personagem).

P - Além do Rango, você fez muitíssimas outras coisas, entre elas desenhos para livros e, em especial, os desenhos do livro de Eduardo Bueno que abarca o descobrimento do Brasil. Como foi essa experiência?

R - Não foi o primeiro nem o único trabalho de ilustração que tenho feito, embora tenha sido marcante, pelo exercício da documentação e o trabalho com aquarela. Gostei bastante do resultado, apesar de algumas bobagens das designers gráficas, e da tendinite crônica que adquiri por andar pra cima e pra baixo com 8 kg de livros de referência numa pasta...

P - Você está produzindo uma versão em aquarela do analista de bagé, da época em que era publicado na playboy. Como é esse projeto? O livro sai esse ano, né?

R - Trata-se de uma coletânea das HQs que Verissimo e eu fizemos mensalmente para "Playboy" durante 7 anos. São 82 páginas a cores (a maioria em aquarela), e está na fase da criação da capa. Deve sair esse ano, e especialmente dirigido às mulheres...

P - Quem é, ou quais são, seus grandes ídolos nos quadrinhos?

R - São aqueles que eu citei na primeira resposta, seguidos de dezenas de outros que eu nem me animo a começar a citar (até porque a lista cresce dia a dia). Mas tem um cara que me parece o maior desenhista vivo, e não só nos quadrinhos ( na ilustração e na caricatura também): o argentino Carlos Nine.

P - Há algum personagem de outro autor que você gostaria de ter criado?

R - Acho que não, embora curta e admire muitos personagens alheios, inclusive alguns que eu imitei na infância e adolescência.

P - Você se identifica com seus personagens? Você já viveu algum momento em que aparece nas suas histórias?

R - Ainda não fui autobiográfico nas minhas histórias. Sempre fui tímido, preferindo observar os outros do que falar de mim. Talvez ainda não tenha amadurecido o bastante para me expor pessoalmente na minha obra.

P - Você já teve alguma história vetada, por abordar temas impróprios? O que você pensa sobre isso?

R - Houve alguns solavancos de percurso, tanto com a censura oficial quanto com alguns editores, mas história vetada inteira não. Meu caso é mais pesado: por causa dos meus temas e das minhas opiniões, fui vetado por inteiro: passei pelo menos uns 15 anos praticamente excluído da mídia (de certa forma, ainda estou). Em que jornal ou revista vocês lêem o meu trabalho?

P - Como era trabalhar no Pasquim, com aquela equipe que revolucionou o jornalismo brasileiro?

R - Foi legal (muitos deles eram meus ídolos), mas curto. O Pasquim foi recolhido de todas as bancas do Brasil, em 77, por causa de algumas tiras do Rango. A idéia dos censores era atingir o pasquim, mas quem dançou fui eu, que nunca mais publiquei lá.

P - Como você se relaciona com a crítica?

R - Acho que o mercado de HQ no Brasil é tão desorganizado que não gerou uma crítica profissional (que aparece, em geral, para orientar um público consumidor). Muitas vezes, os próprios quadrinistas assumem o papel de analisar o que está rolando, coisa que eu mesmo tenho feito, de forma intermitente. Na verdade, até sinto falta de uma crítica competente e isenta pra balizar a produção da HQ brasileira.

P - Quais são seus projetos futuros?

R - Nos quadrinhos, estou voltando (depois de 8 anos) a desenhar tiras novas do Rango: finalmente apareceu um jornal com uma proposta profissional decente, é o mensário "Extra Classe", do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS. Fora isso, tenho várias idéias: um livro infantil (O Morcêgo Chorão), uma novela gráfica (que tô "cozinhando" há dez anos) sobre um pintor de cavernas na pré-história, chamada "O Captor". Além disso, espero abrir uma nova frente: transmitir o conhecimento acumulado, não só através de oficinas, mas em cursos de extensão em universidades.

Sydney Sheldon e as virgens

Aos 89 anos, Sidney Sheldon deixou viúvas as virgens e as senhoras aparentemente comportadas. O autor que mais mexeu com o imaginário das mulheres morreu na terça-feira da semana passada, dia 30 de janeiro.

Ele escrevia aqueles romances açucarados que todas as inocentes (ou não) já leram numa noite quente de verão. Sheldon iniciou as narrativas (em texto) que mais tarde seriam característica dos seriados e novelas de televisão: deixar o leitor bem louco no final de um capítulo. Fazer com que ele ficasse maluco para ler o segundo capítulo e assim por diante. Sidney Sheldon conseguia com que seus leitores lessem meio livro numa noite só. E suas obras geralmente tinham mais de 500 páginas.

No entanto, este autor americano tinha uma forma clichê de escrita. Assim como Janet Dailey e Danielle Steel. A forma é a seguinte: uma mulher (ou um homem) é linda e maravilhosa. E aí ela começa a sofrer, ter perdas, ser uma coitada. E então ela dá a volta por cima de um modo muito astuto. Tudo isso com descrições textuais de um personagem belo, frágil e muito, mas muito sexy.

Os leitores que amam esse tipo de autores, na maioria das vezes, são mulheres. Porque as mulheres são açucaradas. Gostam dessas coisas de chorar. Há algum tempo, comecei a prestar atenção nas declarações das moçoilas que participavam de concursos de beleza. Quando chegava na pergunta crucial, aquela do “qual seu livro preferido?”, notei que o fantástico livro “O pequeno príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, há muito não era mais citado como o tal livro preferido. Naquela época (comecei a prestar atenção aí por 1995) todas (TODAS!!!!) as respostas femininas eram: “meu livro preferido é ‘Se houver amanhã’ de Sidney Sheldon”. E todas falavam isso. Até que um dia comentei com minha mãe e ela disse: “garanto que nem leram. Agora é moda falar desse livro”. Depois de “Se houver amanhã” a moda começou a ser “O reverso da medalha”. Mais tarde mudou para “O outro lado da meia-noite” e “Ira dos anjos”, todos de Sheldon.

Como tantas meninas falavam desses livros, fui ler alguns. Compreendi que Sidney Sheldon (assim como outros autores desse estilo) era um escritor extremamente provocador, emocionante e, até certo ponto, publicitário. Ele conseguia fisgar, conquistar, convencer o leitor a continuar a ler. Mas, livro após livro, a receita era a mesma: a pessoa que sofria igual um cachorro e, através de aventura, drama e sensualidade, vencia e ficava feliz. E o autor dizia que sempre escrevia o que vivia. Todos os livros eram assim, um após o outro. Talvez a Danielle Steel seja mais repetitiva ainda. Não eram livros de literatura fantástica ou romances de cair o queixo. Eram fórmulas, que não deixavam de ser inteligentes, porque, realmente, faziam o leitor ler rápido. Era e é uma literatura para rápido consumo. Uma leitura de praia, de ônibus. Uma leitura popular. Que fazia quem não lia começar a ler. E isso é bom.

Apesar de não gostar da literatura de Sheldon, recebi com certa tristeza a notícia de sua morte. Respeito o fato de o autor ter iniciado sua carreira de escritor nos anos 50, ter produzido mais de 20 livros, escrito musicais, programas para a televisão e roteiros para o cinema. Foi um escritor de massa, que se manteve longe da academia e soube, através de sua literatura clichê, conquistar leitores que, cotidianamente, não tinham contato com a leitura.

Sidney Sheldon morreu de complicações causadas por pneumonia, no Centro Médico Eisenhower, em Los Angeles.